sexta-feira, 23 de maio de 2008

Besouro brasileiro reflete o futuro da computação

O Lamprocyphus augustus é uma espécie rara entre os insetos coleópteros que habitam da Floresta Amazônica. A disposição das escamas na sua carapaça faz com que a luz que reflete nela tenha sempre o mesmo tom de verde, independente do ângulo em que seja observada.

Este fenômeno é conhecido como iridescência e considerado atualmente como a chave para criação de microprocessadores ópticos ultravelozes, que usam luz em vez de elétrons para realização de cálculos e operações.

Lamprocyphus augustus / Copyright 2003 - Barbara Strnadova


Pesquisadores de bioquímica da Universidade de Utah analisaram a estrutura das escamas do besouro, na tentativa de construir um dispositivo que permita controlar a passagem dos feixes de luz - conhecido como "cristal fotônico". Em um trabalho publicado neste mês, os cientistas americanos revelaram que a carapaça do inseto é composta por moléculas de quitina dispostas na forma de diamante. Um dos co-autores do estudo, Michael Bartl, afirma que a descoberta pode ser um passo fundamental no desenvolvimento dos novos processadores, mas alerta que eles serão construídos a partir de materiais semicondutores - e não com as escamas destes insetos.

Os processadores atuais possuem diversas limitações devido à sua natureza eletrônica. Além de gerar calor, a passagem dos elétrons exige uma superfície como meio físico: as velhas placas de circuito integrado, popularmente conhecidas como chips. O uso da luz no processamento de dados possibilitaria a criação de um circuito tridimensional, pois feixes de fótons podem ser cruzados sem gerar interferência. Computadores com processadores ópticos teoricamente podem calcular em algumas horas o que os atuais processadores multi-núcleos levariam meses, sem nem esquentar muito com isso.

Fonte: Wired

13 comentários:

Thaíssa Vasconcelos disse...

Às vezes me pergunto até onde vai a tecnologia, a ciência.

Espero está em uma posição boa no camarote para assistir.

Thais disse...

oi tudo bem
gostei do se blog
parabens
visite o meu
beijo

Pira-pirou disse...

Eu aposto que nenhuma vez essa menina perguntou até onde vai a tecnologia. Provavelmente em momentos como esse, em que ela vê alguém que realmente se preocupa e opina a respeito dos avanços tecnológicos, ela quer dar uma de entendida, cool e outgoing e fake-geek. Por quê estou dizendo isso?
Ora, pra quem quer assistir "de camarote".. Ou seja, bem de longe!

Ademais,
nada mais.

Saulo disse...

Esse besouro parece uma peça feita de ouro, mas é interessante essa coisa da ciência imitar a natureza.

Unknown disse...

Interessantíssimo...
Mas aposto que a patente desta possível nova tecnologia que tem como base um inseto BRASILEIRO, AMAZÔNICO, não terá nada a ver com os brasileiros.
Lamentável.

Marina Medeiros disse...

Aposto que teve gente ai em cima que pensou que fosse um broche de ouro verde (?)

Livia Queiroz disse...

interessante esse post!

Fábio Melo disse...

Não sei porque tanta celeuma com a descoberta das escamas desse besouro. Já se usa pintura iridescente em carros a muitos anos...

TemPraQuemQuer

Anônimo disse...

Olá td bem ?
Eu kurto VÁRIAS coisas e respeito TODAS as coisas
;)
. Obrigada pelo coment
www.s2girl.blogspot.com
Bjs !

Flá Romani... disse...

Eu gostei do post mas a foto argh!!!!! odeio e tenho nojo de insetos huahauhauahuahauhauahuah

(Didixy) Conquistadores disse...

Realmente esse tecnologia é complicada e terrível, e isso não é nem metade do que ainda está por vir.

abraços

Fernando Gomes disse...

quem diria que um besouro seria tão importante...

gostei da curiosidade e da forma como você explicou o processo de maneira 'entendível'.

Comenta aí:
And I Said Goddamn!

Marcus Vinicius disse...

cara nunca tinha visto nada parecido!
um abraçoo
teu blog muito bom
agraço a visita!